O poema OS CORVOS, de Arthur Rimbaud, versión galego-portuguesa de André Da Ponte

DAS MINHAS TRADUÇÕES

UM POEMA DE ARTHUR RIMBAUD TRADUZIDO PARA GALEGO-PORTUGUÊS

Jean-Nicolas Arthur Rimbaud(Charleville, 20 de outubro de 1854 — Marselha, 10 de novembro de 1891).

O texto original em francês foi tomado de: Œuvres complètes, Éditions Jean-Claude Lattès, Paris, 1987, páginas 81-82

OS CORVOS

Senhor, quando os terrenos ficam frios,

E os lugarejos assentam desnudos,

Os dilatados ângelus são mudos…

Em cima dos arvoredos vazios

Abaixam-se dos ares sumptuosos

Os queridos corvos deliciosos.

Exército estranho de gritos secos

Ventos frios despejam vossos ninhos!

Vós, ao longo dos rios maninhos,

Nos antigos calvários e nos becos,

Sobre as covas e acima dos canais

Debandai-vos, e logo ali ficais!

Aos milhares, polos campos ermos,

Por onde os mortos estão recém-sepultos

Tornai, polo inverno, os vossos vultos

Para cada um de nós-outros nos vermos!

Tornai-vos consciência que nos leva,

Funeral pássaro negro da treva!

Mas, santos do céu, no topo da fronde,

Paus perdidos que à noite encantam,

Libertai esses pássaros que cantam

Aos que no profundo o bosque esconde,

Na erva donde não se pode fugir

A derrota do tempo sem porvir.

::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

LES CORBEUAX

Seigneur, quand froide est la prairie,

Quand dans les hameaux abattus,

Les longs angelus se sont tus…

Sur la nature défleurie

Faites s’abattre des grands cieux

Les chers corbeaux délicieux.

Armée étrange aux cris sévères,

Les vents froids attaquent vos nids!

Vous, le long des fleuves jaunis,

Sur les routes aux vieux calvaires,

Sur les fossés et sur les trous

Dispersez-vous, ralliez-vous!

Par milliers, sur les champs de France,

Où dorment des morts d’avant-hier,

Tournoyez, n’est-ce pas, l’hiver,

Pour que chaque passant repense!

Sois donc le crieur du devoir,

Ô notre funèbre oiseau noir!

Mais, saints du ciel, en haut du chêne,

Mât perdu dans le soir charmé,

Laissez les fauvettes de mai

Pour ceux qu’au fond du bois enchaîne,

Dans l’herbe d’où l’on ne peut fuir,

La défaite sans avenir.

*Autoría da imaxe:

https://andreshax.files.wordpress.com/2014/11/rimbaud.jpg?w=640

XX Edición da Mostra de Teatro de Vilalba

A XX Edición da Mostra de Teatro de Vilalba celebrarase os días 7, 10 e 16 de marzo. Todas as obras terán lugar no seu marco habitual, no Auditorio Municipal Carmen Estévez de Vilalba, con entrada de balde e son aptas para todos os públicos.

Xoves 7, “Divinas Palabras” a cargo da Escola Mucicipal de teatro de Vilalba ás 21:00h.

Domingo 10, “Unha noite de Primabvera sen sono” a cargo da Escola Municipal de teatro de Castro de Rei ás 19:00h.

Sábado 16, “Noite de Reis” a cargo da Escola Mucicipal de teatro de A Pontenova ás 19:00h.

*Información facilitada pola área de Cultura do Concello de Vilalba.