por martinho | Jun 18, 2018 | Autores/as, Novas, Xeral
Novos cursos literarios e artísticos na UNED Sénior.
O grupo poético NPG Nova Poesía Guitirica e a plataforma Culturalia GZ colaboran coa UNED Sénior de Aranga, Monfero e Terra Chá na realización de novos cursos de poesía, literatura e arte.
O poeta chairego Martiño Maseda e a poeta/artista Adolfina Mesa serán quen coordinen as clases e obradoiros destas materias, que contarán co apoio da NPG e Culturalia GZ e os seus componentes.
Así, as preinscricións, xunto coa información, poderanse realizar até o 15 de setembro nos seguintes correos:
info@culturaliagz.com
dosvilares@gmail.com
coordinadorunedsenior@gmail.com
Tamén a través das redes sociais da NPG Nova Poesía Guitirica, Culturalia GZ e Os Vilares Lareira de soños.
Para preinscricións chega con enviar a calquera desas direccións
Nome e apelidos
Data de Nacemento
DNI
Estudos
Dirección
Tfno fixo e/ou móbil
E-Mail
PROPOSTAS DE CURSOS:
OBRADOIRO DE POESÍA:
POEMAXE (combinación de poesía e imaxe).
OBRADOIRO DE NARRATIVA:
O MICRORRELATO (a condensación da palabra).
CURSO DE PINTURA E ARTES DECORATIVAS (a emoción reflectida a través da cor).
Obxectivos:
Que o alumnado se achegue ás disciplinas pictórica e literaria (pintura, poesía, narrativa) dun xeito ameno coa intención de provocar un exercicio comunicativo das emocións ao tempo que se adquiren unha serie de coñecementos relacionados coas disciplinas mencionadas.
Finalidade:
Creación dunha antoloxía literaria (poesía ou narrativa) ou pictórica cos traballos realizados polo alumnado ao longo dos obradoiros, para que sexan apreciados por parte do público.
Aberto o prazo de matrícula da UNED Sénior, para maiores de 50 anos
15.06.2018 | | A Coruña
A UNED Sénior da Coruña xa abriu o prazo de matrícula para o curso 2018/2019 e poden inscribirse todos os maiores de 50 anos que queiran unha formación universitaria. A inscrición seguirá aberta ata que se acaben as prazas e comecen as clases en outubro. O ano pasado un total de 365 alumnos acudiron á UNED Sénior e espérase que o número sexa similar ou maior. Ademais dos cursos, antes citados, tamén se impartirán os seguintes: Prevención de Riscos na Vida Cotiá, Actividade Física e Incidencia na Saúde, Patrimonio Histórico, Informática, Música, Canto e Gimnasia. Cada un deles ofrece 30 horas lectivas.
por martinho | Jun 18, 2018 | Autores/as, Creación, Literaria, Xeral
Abu Salma
(Abd al-Karim al-Karmi)
عبد الكريم الكرمي
Abd al-Karim al-Karmi, mais conhecido na história da literatura polo* seu pseudônimo de Abu Salma, nasceu em Tulkarém em 1909. Seguindo o pai, fez estudos em Damasco (Síria), As-Salt (Jordânia) e mais outra vez em Damasco, onde obtém o título de bacharel. Volta à pátria para ministrar aulas como professor de língua árabe ao tempo em que trabalha na emissora de rádio dirigida por Ibrahim Tuqan.
Desde muito jovem participa nas manifestações contra o colonialismo e em 1930 um poema seu, “Palestina”, converte-se num canto à solidariedade de todos os povos oprimidos do mundo:
“… revelando-se contra a opressão, a ignorância e a pobreza
para criar uma pátria universal
onde a igualdade seja de todos os homens”.
A rebelião em toda Palestina contra a ocupação colonialista, a morte do guerrilheiro al-Qassam e a provocação do Alto Comissariado britânico quando instalou a sua residência no alto do monte al-Mukabbir, beira de Jerusalém, inspira-lhe um poema que se converte em manifesto dos combatentes palestinos (poema VI da nossa antologia). Este poema causa a sua expulsão das atividades docentes e tem de sair para Haifa onde exerceu como advogado até 1948 (ele obtivera a titulação em Direito no Instituto de Jerusalém). Durante muito tempo tão só as publicações do Partido Comunista deram-lhe oportunidade de publicar, desde que a burguesia árabe interditara-lhe editar em quaisquer dos jornais e revistas por ela controladas. É nas páginas dos comunistas onde o poeta pode exprimir as vontades que latejam nos corações do povo palestino. Assim, quando Abu Salma publica num jornal comunista o poema Versos em Chamas, os militantes do Partido Comunista Palestino clandestinamente distribuem-no, os versos circulam entre o povo em cópias manuscritas e são recitados nas moradas ou em reuniões clandestinas. Os portadores que são apanhados com um manuscrito do poema são imediatamente presos polos* ocupantes britânicos.
Em 22 de Abril de 1948, a cidade de Haifa cai nas mãos dos sionistas, apoiados polos* tanques da ocupação britânica. Abu Salma, como milhares de muçulmanos e cristãos árabes, tem de sair para o exílio de Akka. Leva consigo como única possessão numa pequena maleta um romance sobre a revolução de al-Qassam com uma introdução escrita por Ibrahim ‘Abd al-Qadir al-Mazini.
Combatente internacionalista convencido, Abd al-Karim al-Karmi fez parte do Conselho Universal da Paz e das Comissões Afro-Asiáticas de Solidariedade. Em 1978 a União de Escritores de Ásia e África concedera-lhe o galardão Lótus (de natureza parelha ao Nobel) e em 1980 é eleito por unanimidade presidente da União Geral de Escritores e Jornalistas Palestinos.
Errante polo* mundo e predicando por toda parte e palestra a justa luita* do povo palestino a morarem, amarem, trabalharem e mesmo falecerem na sua terra muitas vezes milenária morreu, sem poder voltar à pátria, em 11 de Outubro de 1980 em Damasco. O povo aguarda que, a não muito tardar, os seus veneráveis ossos repousem afinal na nunca esquecida terra de Tulkarém.
Palestina amada
quando os espectros torturam meus olhos?
No teu nome saúdo o largo mundo,
mas as caravanas dos dias se passam
assoladas por conspirações de amigos e inimigos.
Amada Palestina, como irei viver
afastado dos teus chãos e outeiros?
queixam-se ecoando nos ouvidos dos tempos;
as fontes, com desavença, também choram ao pingar.
As tuas cidades e lugares reverberam os prantos.
Haverá um retorno, perguntam os meus camaradas,
uma volta depois de tanta longa ausência?
Sim, voltaremos e bicaremos* a terra molhada,
enquanto florir o amor nos lábios nossos.
os ecos das nossas pisadas.
Como tormentas furiosas retornaremos,
esperança elevada e cantigas,
altas águias
quando o alvor sorri nos desertos.
Haveremos voltar alguma manhã cavalgando no cimo da onda,
com os nossos estandartes ensanguentados drapejando
sobre o fulgor das lanças.
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