Trinta anos de penar tenho passado
em galope fuga e ardor consciente,
e ao mundo lhe demandei consulente
o que foi do teu olhar nunca olvidado.
Trinta anos no peito tenho guardado
o fogo que queima e alimenta ausente.
Trinta anos a te lembrar tão silente.
Trinta anos que teus olhos têm reinado.
O tempo vai e a tua face perdura
guardada como um ícone que acende
trinta anos em queixume que me fura.
O lume que todo o meu ser transcende,
nem nos dias murcha, nem se arrepende
que em mim há caminhar pra a sepultura.
[Do livro inédito “Sonata dum quebrado violino”]
O teu xeito de enguedellar sentimentos e poesía, fan que sexa deliciosa a lectura dos teus versos, francamente ¡¡¡maravillosos!!!