I (Numa Rua Deserta)
Caído sobre a sombra do passado
como uma imensa lousa de vazio
se comprime no coração e lesa a alma
o pretérito tempo preterido.
Aguardo a sombra, e tanto aguardo tanto
de mim tão assíduo desasido,
que, assim, de tal modo, fico assomado
na escura vereda onde jaz o olvido.
[Do livro inédito “Sonata dum quebrado violino”]
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