Caído sobre a sombra do passado

como uma imensa lousa de vazio

se comprime no coração e lesa a alma

o pretérito tempo preterido.

Aguardo a sombra, e tanto aguardo tanto

de mim tão assíduo desasido,

que, assim, de tal modo, fico assomado

na escura vereda onde jaz o olvido.

 

[Do livro inédito “Sonata dum quebrado violino”]

https://dcvitti.files.wordpress.com/2012/08/numa-rua-deserta.jpg