O lume que em toros desta lareira
lhe serve de quentura e de muralha,
no alegre coração que intenso malha
guardando vai ciumento a mealheira.
Desta mesma esperança da roseira
que sólida, a minha vida agasalha,
nem tempo lhe dará para a enxovalha
e há ter eternamente a mesma esteira.
Astro será de luz, no esqueço escasso
e na mesma ansiedade que guia
há de ser para sempre ardente e crasso
uma pedra da cerne cantaria,
furna desta quentura em que devasso
tua acabada e morna companhia.
A sinxeleza non quita beleza a tan fermosos versos, senón que a fai medrar, noraboa por ese xeito tan sublime de escribir.
Muito agradecido polas tuas palavras, querida Emilia.
Fico ao teu dispor.
Forte aperta de,
André Da Ponte.
Grazas a tí por compartires o sentimento e a beleza da túa poesía. Unha aperta.