#SalvemosACasadeDiazCastro
#ACasadaXente
Meus muito queridos amigos,
há anos, já vão alá muitos anos, que escrevi este soneto do que me orgulho, pois penso que é dos mais belos e sentidos que já escrevi nunca.
Espero desculpeis a minha vaidade, mas também é uma homenagem a dous amigos, dous artistas muito queridos e dous vilaregos de pró.
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NO PASAMENTO DE DIAZ CASTRO
“E um cão que ficava deitado, ergeu a cabeça e as orelhas: era Argos, o cão do pacente Ulisses, a quem criara, ainda que dpois não usara dele porque tivo de partir para a sagrada Ilião”
(Homero)
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Honor àquele que navegou os mares
para voltar à Pátria inesquecida
e envolto na saudade lentescida
nos trouxo a nau povoada de cantares.
Bogache junto a nós para nos dares
nimbos de luz, e agora, na partida,
fica um recendo a erva florecida,
Ulisses Diaz Castro dos Vilares.
Por Vilarinho a terra se outoniça
e bruam os bois longos letargos:
«Um passo adiante e outro atrás, Galiza»
Um dia hão voltar passos amargos
e bandeiras de Parga a Pastoriça
quando te reconheçamos. Como Argos.
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NOTA
Raul Rio deu-me a má notícia do falecimento do grande poeta e eu escrevi este soneto em homenagem o dia de quarta-feira, 3 de Outubro de 1990.