Ditosos foram olhos ao mirar-te

e minha alma feliz ao conhecer-te,

devo dizer que não vivo sem ver-te

e à morte irei sonhando com só amar-te.

 

Minha vida existe para estimar-te,

os meus braços existem para ter-te

e fujo do pecado de ofender-te

e nem mais procuro que contemplar-te.

 

Teus olhos mancaram o entendimento

e vivo, desde então, o meu penar

sem descanso para o meu sentimento.

 

Mágoa penosa fura o pensar

que, existindo ressentindo o que sento,

mais nunca poderei já o deixar!

 

 

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