Soneto de Joachim du Bellay traducido ao galego-portugués por André Da Ponte

TRADUÇÃO DUM CÉLEBRE SONETO DO POETA FRANCÊS JOACHIM DU BELLAY.

        O primeiro grupo organizado, de que se tenha conhecimento, dentro da poesia francesa, é o denominado como Plêiade. Um grupo que à semelhança das sete estrelas do firmamento, foi composto polos poetas, Pierre de Ronsard, o próprio Joachim du Bellay, Jean-Antoine de Baïf, Rémy Belleau, Jean Dorat, Pontus de Tyard e Étienne Jodelle.

        O manifesto público desta constelação de grandes poetas foi a célebre Defesa e ilustração da língua francesa (1549) ensaio que redigiu o mesmo Du Bellay, mas foi a obra retumbante de Ronsard que alcançou um maior impacto, ao substituir o verso decassílabo italiano polo alexandrino que até hoje impera na poesia francesa.

        Joachim du Bellay nasceu por volta de 1522 em Liré, no Castelo de Turmelière, na região de Anjou. Naquela época era o rei da França Francisco I e o Renascimento estava crescendo, principalmente em termos de cultura e arte. Pertencia a uma família da velha nobreza e ficou órfão com 10 anos. Em 1547, enquanto estudava na Universidade de Poitiers, tornou-se amigo de Pierre de Ronsard e juntos foram para o Collège Coqueret em Paris, onde o helenista Jean Dorat lhes descobriu os autores clássicos greco-romanos e a poesia italiana. Ao redor deles formou-se o grupo poético que será conhecido em princípio como A Brigada e depois como a Plêiade.

        Entre 1553 e 1557, du Bellay tornou-se secretário, em Roma, do cardeal Jean du Bellay, conhecido diplomata e primo de seu pai. O poeta descobre em sua estada de quatro anos a cidade mítica da antiguidade, da qual só restam ruínas, esplendor e depravação. Desgosto e saudade tomaram posse do poeta, sentimentos que inspiram belas páginas como o célebre soneto que verto do francês para a nossa língua e que é tomado da coleção Les Regrets (Os Arrependimentos), segundo a edição «Une forêt de symboles. La Poésie. Une petite anthologie littéraire», Les Éditions du Carrousel, Paris, 1999, página 95.

        Em 1557 retornou à França e publicou As Antiguidades de Roma, os Vários Jogos Rústicos e Saudades (1558). Estas obras obtiveram um grande reconhecimento na época e serviram a Joachim du Bellay para participar da vida intelectual parisiense.

        Morreu repentinamente por aplopexia enquanto trabalhava no seu escritório da casa da rua Massillon de Paris, na noite de 1 de janeiro de 1560, quando tinha somente 37 anos de idade. Sabe-se que está enterrado na catedral de Notre-Dame de Paris, mas não se sabe onde é que ficam os seus ossos.

FELIZ QUEM, COMO ULYSSES, FEZ UMA BELA VIAGEM…

Feliz quem, como Ulisses, fez uma bela viagem,

Ou até como aquele que foi conquisar o Tosão,

E depois foi regressar, cheio de uso e de razão,

Para viver entre os pais o restante da passagem!

Quando eu voltarei rever, ai!, da minha aldeia a imagem,

As lareiras fumegando e qual será a estação

Em que enxergarei de novo minha pobre mansão,

Que vale mais para mim, que uma torre de homenagem?

Mais gosto de meus avós este meu lugar tranquilo,

Que de Roma os palácios com seu audacioso estilo,

Mais que do duro mármore me praz a ardósia fina:

Mais estimo o meu Loire gaulês, que o Tibre latino,

Mais o meu pequeno Liré, que o monte Palatino,

E muito mais do que o ar marinho, a doçura angevina.

:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

HEUREUX QUI, COMME ULYSSE, A FAIT UM BEAU VOYAGE…

Heureux qui, comme Ulysse, a fait un beau voyage,
Ou comme cestuy-là qui conquit la toison,
Et puis est retourné, plein d’usage et raison,
Vivre entre ses parents le reste de son âge!

Quand reverrai-je, hélas, de mon petit village
Fumer la cheminée, et en quelle saison
Reverrai-je le clos de ma pauvre maison,
Qui m’est une province, et beaucoup davantage?

Plus me plaît le séjour qu’ont bâti mes aïeux,
Que des palais Romains le front audacieux,
Plus que le marbre dur me plaît l’ardoise fine:

Plus mon Loire gaulois, que le Tibre latin,
Plus mon petit Liré, que le mont Palatin,
Et plus que l’air marin la doulceur angevine.

http://www.histoireeurope.fr/ImgJ/Joachim%20du%20Bellay_2.PNG

O poema OS CORVOS, de Arthur Rimbaud, versión galego-portuguesa de André Da Ponte

DAS MINHAS TRADUÇÕES

UM POEMA DE ARTHUR RIMBAUD TRADUZIDO PARA GALEGO-PORTUGUÊS

Jean-Nicolas Arthur Rimbaud(Charleville, 20 de outubro de 1854 — Marselha, 10 de novembro de 1891).

O texto original em francês foi tomado de: Œuvres complètes, Éditions Jean-Claude Lattès, Paris, 1987, páginas 81-82

OS CORVOS

Senhor, quando os terrenos ficam frios,

E os lugarejos assentam desnudos,

Os dilatados ângelus são mudos…

Em cima dos arvoredos vazios

Abaixam-se dos ares sumptuosos

Os queridos corvos deliciosos.

Exército estranho de gritos secos

Ventos frios despejam vossos ninhos!

Vós, ao longo dos rios maninhos,

Nos antigos calvários e nos becos,

Sobre as covas e acima dos canais

Debandai-vos, e logo ali ficais!

Aos milhares, polos campos ermos,

Por onde os mortos estão recém-sepultos

Tornai, polo inverno, os vossos vultos

Para cada um de nós-outros nos vermos!

Tornai-vos consciência que nos leva,

Funeral pássaro negro da treva!

Mas, santos do céu, no topo da fronde,

Paus perdidos que à noite encantam,

Libertai esses pássaros que cantam

Aos que no profundo o bosque esconde,

Na erva donde não se pode fugir

A derrota do tempo sem porvir.

::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

LES CORBEUAX

Seigneur, quand froide est la prairie,

Quand dans les hameaux abattus,

Les longs angelus se sont tus…

Sur la nature défleurie

Faites s’abattre des grands cieux

Les chers corbeaux délicieux.

Armée étrange aux cris sévères,

Les vents froids attaquent vos nids!

Vous, le long des fleuves jaunis,

Sur les routes aux vieux calvaires,

Sur les fossés et sur les trous

Dispersez-vous, ralliez-vous!

Par milliers, sur les champs de France,

Où dorment des morts d’avant-hier,

Tournoyez, n’est-ce pas, l’hiver,

Pour que chaque passant repense!

Sois donc le crieur du devoir,

Ô notre funèbre oiseau noir!

Mais, saints du ciel, en haut du chêne,

Mât perdu dans le soir charmé,

Laissez les fauvettes de mai

Pour ceux qu’au fond du bois enchaîne,

Dans l’herbe d’où l’on ne peut fuir,

La défaite sans avenir.

*Autoría da imaxe:

https://andreshax.files.wordpress.com/2014/11/rimbaud.jpg?w=640

IV Feira do Disco e Libro Galego de Monterroso

O sábado 16 de marzo de 2019 celebrarase en Monterroso a IV Feira do Disco e Libro Galego. En horario de 10:30 a 21:30 horas, baixo a organización do colectivo 25 Xastres, o local monterrosino de A Cúpula acollerá distintas actividades relacionadas co mundo do disco e do libro galego. Un concepto que une dous elementos fundamentais da difusión cultural, nun mesmo espazo co galego como lingua vehicular. Stands para ollar, imaxinar e desfrutar, e a posibilidade de presenciar música en directo, presentacións literarias e actividades, en espazos integrados na feira.

Voces literarias coma Carlos Meixide, Adolfina Mesa, Ana Vila Portomeñe, Toño Núñez, Yolanda Castaño, Xosé Duncán, Diego Giráldez e outras traerán as súas últimas creacións para presentalas e/ou asinar exemplares das mesmas.

Ao seu carón empresas dedicadas ao eido da edición ou colectivos centrados en actividades vinculadas coa promoción cultural.

Na seguinte galería de imaxes poderase comprobar o programa que se desenvolverá ao longo do día no horario xa mencionado arriba.

14º aniversario da web GALICIA ENCANTADA

A web Galicia Encantada celebra o 14º aniversario na Rede este 5 de marzo

Galicia Encantada, a web da Fantasía Popular de Galicia, celebra o 14º aniversario na Rede este 5 de marzo de 2019.

Galicia Encantada, a web da Fantasía Popular de Galicia, naceu para internet o 5 de marzo de 2005. Desde entón, baixo o coidado do seu creador, coordinador e responsable de contidos, Antonio Reigosa, atesoura máis de 2000 arquivos/documentos que se foron subindo e milleiros tamén os visitantes que recibe ano tras ano.

Mantense a regularidade na incorporación de novidades.

Recoñecementos/Premios

Premio de Cultura Tradicional ‘María Castaña’ (2006)

Premio Irmandade do Libro (2013)

Homenaxe Festival Atlántica (2015)

Finalista na Gala do Libro ( 2018), modalidade Proxecto Literario na Rede.

Publicación conmemorativa 10ª aniversario

Galicia Encantada. O país das mil e unha fantasías (Xerais, 2014), con prólogo de Xabier DoCampo e ilustracións de Noemí López.

Sobre a web Galicia Encantada

Artigos publicados en revistas como Murguía e Culturas Populares, e en monográficos como Palabra vivaCultura tradicional e desenvolvemento rural.

Seccións/categorías

Os arquivos orgánizanse en 33 seccións ou categorías temáticas que van alfabeticaqmente desde o Alén, coas súas lendas, pasando polas relacionadas con todos os seres da nosa mitoloxía popular (encantos, tesouros…) e os lugares e toponimia asociada á literatura popular tradicional.

Documentación

 Inclúe, entre outros apartados, “Aulas da memoria” con traballos escolares, “Biblioteca”, con varias publicacións en PDF, e “Didáctica da Fantasía” con diversas propostas.

Outras sección:

Novas, Contacto, Buscador, Mapa (localizador de lugares con lenda).

Revista (ISSN 1887-2859)

Publicados 115 artigos do maís variados temas, a maioría sobre o patrimonio inmaterial galego pero tamén referidos a Portugal, león e Asturias.

Iconografía

As ilustracións, tanto a imaxe de cabeceira como as que encabezan as diferentes sección ou categorías son da autoría da ilustradora lucense Noemí López.

Estadísticas: Google Analytics ano 2018 

Páxinas vistas: 341.759, con 4,87 páxinas por sesión e 3:43 minutos de media.

Visitas desde máis de 100 países e 319 localidades españolas, sendo A Coruña a primeira e Madrid a segunda en número de visitas.

71% de visitas dende Google, 18% directo, 7% redes sociales e 4% dende outras webs.

Contidos: Entradas diferentes: 2.109 (lendas, artigos, reseñas, etc.)

Visitas a contidos concretos dende o inicio do rexistro: 5.328.314 visitas.

Top 5 categorías (por número de entradas)

577 Xeografía Mítica

559 Ritos, obxectos e operacións Máxicas

464 Seres míticos

452 Festas e mitoloxía relixiosa

250  Augas

Mantemento Técnico: Manuel Fernández Prado, de Lugonet.

Un afectuoso saúdo

Antonio Reigosa

*Información recollida na propia web Galicia Encantada.

Presentación do libro DINAMITADAS. EL DESPERTAR DE LA IRONÍA, de Ticiana Ghiglione Darriba, na Casa da Cultura de Vilalba

O vindeiro venres, 15 de marzo, a partir das 20 horas, no salón de actos da Casa da Cultura de Vilalba celebrarase a presentación do libro DINAMITADAS. EL DESPERTAR DE LA IRONÍA, de Ticiana Ghiglione Darriba. Este acto organizado por Culturalia GZ, en colaboración co Concello de Vilalba, contará coa participación da escritora Ana Mar Fraga Rábade, da artista multidisciplinar Luz Darriba, de Martiño Maseda, Administrador de Culturalia GZ e da propia autora do libro.

A CHAMADA DE BRIGID, de Jesús Trashorras

Culturalia GZ e NPG comprácense coa publicación dun novo poemario de Jesús Trashorras, A CHAMADA DE BRIGID. Este libro de poemas, do autor nado na parroquia de Vilariño en Castroverde, súmase a outros títulos nos que xa amosou a súa fondura poética, tal é o caso de O silencio do orballo.

O autor en Penas de Rodas

Jesús Trashorras Nogueira naceu no ano 1956 en Castroverde (Lugo). Diplomado en EXB e licenciado en Ciencias da Educación. Exerceu de mestre en varias localidades do Occidente de Asturias, maiormente na Veiga, e na última época en escolas de localidades preto de Lugo: Corgo, Friol, Nadela. Actualmente está xubilado.

Participou en varios proxectos colectivos: MesturasRoteiros das artesRoteiro das artes internacional, revista XistralLibro homenaxe a Manuel MaríaPortugalicidades.

En marzo de 2017 publica o seu primeiro poemario O silencio do orballo, que se atopa esgotado na actualidade. Este é polo tanto o seu segundo libro de poemas. Poemas inspirados nunha viaxe realizada no verán do 2016 por terras irlandesas.

Pódese seguir a súa creación literaria a través do seu muro de facebook. https://www.facebook.com/profile.php?id=100006603616638 ou ben no seu blog Unha gavela de versos http://jesustrashorras.blogspot.es

Como xa se adiantou, o xermolo dos versos que compoñen A CHAMADA DE BRIGID atopámolo nas palabras do propio autor, recollidas na Introdución do libro:

“No verán de 2016, xunto con dous amigos emprendemos unha viaxe no noso propio
coche, camiño da Illa Esmeralda. Chegamos ao porto de Roscoff, na Bretaña francesa
e alí embarcamos no ferry “Oscar Wilde” (axeitado nome o seu) rumbo a Rosslare e
desde alí a Wesford, cidade natal do escritor John Banville, onde pasamos a primeira
noite. Logo viría un percorrido por toda a illa, ata rematar novamente en Wesford.”

No seguinte enlace pódese acceder ao contido deste poemario.

Medre a Poesía!