I ENCORO POÉTICO MUSICAL NA VILA DE NAVIA

O vindeiro 11 de agosto de 2019, desde as 12 horas, celebrarase o I ENCORO POÉTICO MUSICAL NA VILA DE NAVIA. Un completo evento cultural, presentado polo escritor e poeta naviego Toño Núñez, no que se desenvolverán diversas actividades coas que entreter ás persoas asistentes.

Velaí vai o programa:

De 12:00 a 14:00 (aprox.)

Paseo literario polas rúas e prazas de Navia e o entorno

De 14:00 a 16:00 (aprox.)

Xantar. Opcións:

  • Xantar libre
  • Xantar común onde cada quen leva o que quere para si e, mesmo, para compartir (lugar por decidir)

De 16:00 a 17:50 (aprox.)

Tempo libre

De 18:00 a 21:00 (aprox.)

Recital Poético Musical na Praza do Chan da Torre

IESCHA-Presentación do libro “Hai que roelo”, de Antonio Cendán, na Casa da Cultura de Vilalba

O vindeiro venres, 28 de xuño de 2019, ás 20:30 horas, na Casa da Cultura de Vilalba, o Instituto de Estudos Chairegos, en colaboración co Concello de Vilalba, organiza o acto de presentación do libro “HAI QUE ROELO” de Antonio Cendán. Intervirán, ademais do autor: Armando Requeixo, crítico literario, investigador do CSIC e profesor da Universidade de Santiago de Compostela (USC), e Alberto Galego, licenciado en Filoloxía Galega pola Universidade de Santiago de Compostela (USC).

Velaquí o cartaz e a nota informativa do devandito acto de presentación.

*Información achegada polo IESCHA e polo Concello de Vilalba.

Entrega de premios do III Certame de Debuxo e Poesía AVELINO DÍAZ

O pasado venres, 14 de xuño ás 19:30 horas, no salón de actos da Casa Consistorial de Meira tivo lugar a entrega de premios do III Certame de Debuxo e Poesía Avelino Díaz, convoca a Asociación Cultural AVELINO DÍAZ, en colaboración dos Concellos de Riotorto e Meira.

Velaquí unha galería gráfica que recolle distintos momentos da citada entrega dos galardóns que recolle a acta do xurado deliberador do certame.

O soneto “As vogais”, de Arthur Rimbaud, vertido ao galego português

ARTHUR RIMBAUD, UM GÉNIO MORTO PARA A POESIA PREMATURAMENTE

O SONETO “AS VOGAIS” VERTIDO PARA GALEGO-PORTUGUÊS

Arthur Rimbaud, que foi nascido em Charleville em 20 de outubro de 1854 e na pia baptismal punheram-lhe o nome de Jean-Nicolas Arthur Rimbaud, escreveu todas as suas obras-primas entre os quinze e os dezaoito anos, um caso espantoso de precocidade genial.

Considerado pola crítica como uma figura a cavalo entre o pós-romantismo e precursor do surrealismo, muda-se para Paris com dezasete anos com o apoio de outro poeta maldito, Paul Verlaine (alguns poemas traduzidos deste autor são acessíveis aqui: http://culturaliagz.com/?s=Paul+Verlaine). Foi por causa do envio do soneto que hoje traduzimos para o poeta de Poemas Saturninos que os dous poetas partem para Londres. A relação de mútuo amor e ódio chega ao seu fim quando Paul Verlaine desfecha uma bala no pulso do autor do soneto As vogais.

Com apenas vinte anos de idade, Rimbaud abandonou para sempre a literatura para retomar a vida sem rumo que levou quando adolescente.


Começou a trabalhar com comércio de café na Etiópia, chegou a fazer parte do Exército das colônias holandesas e do tráfico de armas em Ogaden e visitou o Chipre e Alexandria. A sua caminhada errante terminou quando lhe foi amputada uma perna por um cáncer de joelho.

Morreu no dia 10 de novembro de 1891 em Marselha, após anos de agonia com a só companhia da sua irmã Isabel. Tinha apenas trinta e sete anos de idade.

O soneto que postamos se tornou junto com Le Cœur supplicié (O Coração torturado), o poema mais comentado do poeta. Claude Lévi-Strauss em Regarder écouter lire, Plon,1993, páginas 127-137,  tem explicado o pensamento oculto do poema, não por uma relação direta entre as vogais e as cores declaradas no primeiro verso, mas por uma analogia entre duas oposições, a oposição entre vogais por um lado, e as cores por outro.

Contudo, ainda resultando bastante enigmático o poema, a sonoridade imensa que tem para o leitor obra como uma sorte de fascinação além do sentido que se lhe queira ou poda dar.  

Há, polo menos, duas versões manuscritas antigas do soneto: a primeira é da mão de Rimbaud (a versão autógrafa da mão de Rimbaud é mantida no Musée Rimbaud em Charleville-Mézières) e foi dada ao poeta e dramaturgo Emile Blemont; a segunda é uma cópia de Verlaine de 1871. A sua diferença é essencialmente em pontuação.

Foi Verlaine quem publicou o soneto, na edição de 5 a 12 de outubro de 1883 da revista Lutèce.

Reproduço o soneto em francês segundo a edição “Poemas completos”, prefaciados por Paul Verlaine, Leon Vanier, bibliotecário, ed., París, 1895, página 7.

Na tradução tentei deixar os versos alexandrinos franceses (versos compostos de dous hemistíquios (ou sub-versos) de seis sílabas cada, com um total de doze sílabas). Assim os versos em galego-português têm também doze sílabas, embora, por vezes foi impossível conseguir os hemistíquios.

VOGAIS

A negro, E branco, I rubro, U verde, O azul: vogais,

desvendarei um dia vossas bases latentes:

A, negro espartilho das moscas reluzentes

Que zumbam à volta dos agres lamaçais,

E, candor de nevoeiros, tendas, de reais,

Lanças de gelos, reis brancos, flores trementes

I, vermelho, cuspindo sangue dentre os dentes

os risos dos lábios raivosos e sensuais;

U, divino abalo dos verdes oceanos,

Paz de fezes cheias de bestas, paz dos anos

Que as rugas grava a alquimia dos escolhos;

Ó Clarim sumo cheio de estrondos profundos,

Silêncios abalados por Anjos e Mundos;

— Ô Omega, raio vermelho dos Seus Olhos!

:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

VOYELLES


A noir, E blanc, I rouge, U vert, O bleu, voyelles,
Je dirai quelque jour vos naissances latentes.
A, noir corset velu des mouches éclatantes
Qui bombillent autour des puanteurs cruelles,

Golfe d’ombre ; E, candeur des vapeurs et des tentes,
Lance des glaciers fiers, rois blancs, frissons d’ombelles
I, pourpres, sang craché, rire des lèvres belles
Dans la colère ou les ivresses pénitentes;

U, cycles, vibrements divins des mers virides,
Paix des pâtis semés d’animaux, paix des rides
Que l’alchimie imprime aux grands fronts studieux;

O, suprême Clairon plein des strideurs étranges,
Silences traversés des Mondes et des Anges:
— O l’Oméga, rayon violet de Ses Yeux!

* FOTO DE PAUL VERLAINE (à direita) e ARTHUR RIMBAUD (à esquerda) em Bruxelas, 1873.

https://i.pinimg.com/736x/fd/2b/a3/fd2ba3eeb2f113ef5590af83be893e27.jpg

Conferencia “Habitando a terra”, de Ana Mar Fraga Rábade, no Vello Cárcere de Lugo

A historiadora e escritora de orixe chairega, Ana Mar Fraga Rábade, pronunciará unha conferencia este vindeiro martes, 11 de xuño, ás 20 horas no Vello Cárcere de Lugo. A conferencia, que leva por título Habitando a terra, enmárcase dentro do ciclo Arde Lvcvs Cvltvral, promovido polo Concello de Lugo, como prólogo á edición do Arde Lvcvs MMXIX. Esta charla forma parte doutras que organiza a Cohors III Lvcensivm, e versará fundamentalmente, en palabras da propia Ana Mar Fraga Rábade, “ao redor da pegada dos ligures e da civilización celta na nosa terra”.

Da presentación do acto encargarase a poeta e escritora Montse González Álvarez.

A entrada será libre ata completar a cabida do espazo onde se desenvolverá a devandita conferencia.

“Unha mansión, unha pantasma…¿que máis pasará?”, contacontos na Librería Biblos

Este venres tócanos un contacontos da man de Kids&Us. Este conto ten moito misterio e comeza cando Jane y Bunny se mudan a unha enorme mansión.
Pero dentro dela atópanse cunha pantasma!! ¿Que pasará con esta pantasma?
Se queres saber máis, non te esquezas de vir o venres ás 19:15h!

*Información achegada desde a Librería Biblos.