De mole e suave luz redimidos
meus olhos em teus olhos precipitam
uma manhã submersa, em que suscitam
as tardes onde avivam incendidos.
Os brilhos dos caminhos escondidos
enchem sonhos e luz possibilitam
centelhas de fulgor, onde palpitam
as entranhas que escondem seus latidos.
Curvado à paisagem da ternura
a vista se me aninha em ar de cores
e na íntima alegria se apressura.
A ansiedade dos campos e flores
polo teu brando olhar fica e perdura
pronto um mar ordenado de candores.
[Do livro inédito “Sonata dum quebrado violino”]
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