Ibrahim Abd al-Fattah Tuqan – III
إبراهيم طوقان
O fedai3
Não rogueis a salvaguarda para ele
que o seu espírito ainda mais que a paz vale.
As mágoas dispuseram já a sua mortalha
e a chegada da hora atroz tão só aguarda.
Detido, no umbral,
arrepia o perverso quando o vê
e o furacão sossega, envergonhado,
em presença da sua valentia.
Não fala, e se o faz,
é sangue e fogo a sua voz.
Diga-lhe então a quem estraga o seu silêncio
que é muda a firmeza,
que um homem com a mão trabalha,
não com a boca.
Deixai de criticá-lo!
Ele enxergou a verdade e o direito opressos:
um país que ama,
os seus firmes baluartes derrubados,
e malvados contrários
confundindo céu e terra.
Houve, num quase nada, morrer
em desespero, porém…
Não, que no umbral,
assegurado,
o malvado arrepia quando o olha.
E o furacão sossega envergonhado,
quando fita a sua bravura.
Mil
Há um número negro que o treze não é,
mas põe-lhe o pé por diante em falcatruas:
O número mil. Jamais fora batida
Palestina com tanta e tanta fúria.
Há um milhar que emigra… Outros mil escapam
e mil turistas que entram, sem retorno.
Há mil salvo-condutos e também mil modos
de diminuir-lhes todos os obstáculos.
E no mar há milhares… Semelham que as suas ondas
vão carregadas todas de navios.
Ó filhos do meu povo!
Talvez se desperta após o sonho?
Nesta espessa sombra algum lôstrego* haverá?
Meu Deus, eu não o sei! E assim, desesperado,
clamarei por Amim ou invoco Rágueb?
3 Homem consagrado em cheio à luita patriótica.