Clair de Lune, poema de Paul Verlaine (Metz, no nordeste da França, 30 de março de 1844 – Paris, 8 de janeiro de 1896), da sua coleção Fêtes galantes (1869), foi musicado por Gabriel Fauré em 1887 (Clair de Lune, Op.46 nº 2) e por Claude Debussy duas vezes, em 1882 e novamente em 1892.
O texto original em francês foi tirado da edição Œuvres complètes – Tome I, Vanier, 1902, página 83.
Votre âme est un paysage choisi
Que vont charmant masques et bergamasques
Jouant du luth et dansant et quasi
Tristes sous leurs déguisements fantasques.
Tout en chantant sur le mode mineur
L’amour vainqueur et la vie opportune
Ils n’ont pas l’air de croire à leur bonheur
Et leur chanson se mêle au clair de lune,
Au calme clair de lune triste et beau,
Qui fait rêver les oiseaux dans les arbres
Et sangloter d’extase les jets d’eau,
Les grands jets d’eau sveltes parmi les marbres.
O VENTO NAS BRASAS de MANUEL LOURENZO o sábado, día 23 de marzo, ás 18 hrs.
O día 21 de marzo é o Día da Poesía e a Casa-Museo Manuel María celebrarao o sábado 23 cun espectáculo único que preparou para a ocasión e que protagoniza un dos nosos grandes actores e dramaturgos, Manuel Lourenzo. Sobre o cenario, Lourenzo recitará textos poéticos e teatrais de Rosalía, Pondal, Curros, Otero Pedraio, Cunqueiro, Manuel María…
A entrada é libre até encher o aforo.
Pode reservarse en contacto@casamuseomanuelmaria.gal ou chamando ao 698177621
*Información achegada desde a Casa-Museo Manuel María.
UM POEMA DE CÉSARE PAVESE E ALGO EM VOLTA DA SUA
VIDA E OBRA.
Nasceu
em Santo Stefano Belbo, uma pequena vila tão querida polo mesmo escritor, da
região de Langhe, no Piamonte, em 1908 de uma família originária desses
lugares. Seu pai, Eugenio Pavese, foi chanceler no
Palácio de Justiça de Turim, sua mae, Fiorentina Consolina Mesturini,
descendente de uma rica família de comerciantes originários de Ticineto, na
província de Alessandria. A sua infância, embora vir de uma família abastada, não
foi feliz. Uma irmã e dous irmãos, nascidos antes que o escritor, morreram
prematuramente. Sua mãe, de saúde muito fraca, confiou seu filho a uma mulher
de uma aldeia perto de Montecucco e, quando morreu o seu marido em 2 de janeiro
de 1914 por cáncer cerebral e mudou para Turim, a outra mulher de nome Victoria
Scaglione. Sua mãe de caráter autoritário contribuiu, sem qualquer dúvida, para
a forma de ser introvertida e inestável do futuro poeta.
Grande
apaixonado polos romancistas e poetas norte-americanos (Sherwood Anderson,
Sinclair Lewis e, nomeadamente, Walt Whitman) estudou em Turim, onde se formou
com uma tese sobre Walt Whitman, tornando-se especialista em literatura
anglo-americana a par que estendia os seus círculos intelectuais com vultos da
densidade de Leone Guinzburg, Norberto Bobbio, Massimo Mila e Giulio Einaudi.
Na cidade piemontesa, começou a freqüentar os círculos da editora Einaudi, em
torno da qual muitos antifascistas se tinham reunido. Nessa altura também
começou a trabalhar como tradutor de escritores ingleses e clássicos americanos
e contemporâneos, Lee Masters, Edward Estlin Cummings, Robert Lowell, Gertrude Stein, Daniel Defoe, Charles Dickens,
Herman Melville, Sherwood Anderson, John Steinbeck e Ernest Hemingway.
Em
1930 apresentou a sua tese “Sobre a interpretação da poesia de Walt
Whitman”, mas Federico Oliviero, o professor com quem ele tinha-a que
discutir, rejeitou-a no último momento porque era muito marcada pola estética
crociana e, portanto, escandalosamente liberal para a época fascista No
entanto, Leone Ginzburg interveio: a tese foi aceita polo professor de
literatura francesa Ferdinando Neri e Pavese pôde se formar com 108 pontos
sobre 110.
No
mesmo ano em que sua mãe morre Pavese ficou morando na casa de sua mãe com sua
irmã Maria, onde viveu até o penúltimo dia de sua vida e começou a atividade de
tradutor de forma sistemática, alternando-o com o ensino de inglês.
Em
1933, para poder ensinar nas escolas públicas, se rendeu, embora com
repugnância, à insistência de sua irmã e do seu marido e se filiou no partido
fascista, que mais tarde reprovou em carta a sua irmã María de 29 de julho. de
1935, escrito da prisão Regina Coeli: “Para seguir o teu conselho, o
futuro, a carreira e a paz, etc., fiz uma primeira cousa contra a minha
consciência”.
Por
1.000 libras traduciu “Moby Dick” de Herman Melville e “O riso escuro” de
Anderson, um artigo sobre a Antología do rio Spoon, um sobre Melville e outro
sobre O. Henry. O primer poema se remonta a este ano.
Em
1935 foi condenado ao confinamento em Brancaleone Calabro; aqui começou a
escrever uma espécie de diário (A zibaldona), que será publicado postumamente,
em 1952, com o título “O ofício de viver”. Voltou a Turim no ano
seguinte e durante a guerra escondeu-se na casa da sua irmã Maria, nas colinas
de Monferrato. Também a partir desta experiência nasceu um de seus melhores
livros, “La casa in collina” (1948).
No
final de 1936, quando o ano do confinamento terminou, Pavese retornou a Turim e
teve que enfrentar a decepção de saber que Tina estava prestes a se casar com
outra pessoa e que seus poemas haviam sido ignorados. Para ganhar a vida, retomou
o seu trabalho como tradutor e, em 1937, traduziu “Uma grande quantidade de
dinheiro (o dinheiro extra)” de John Dos Passos para Mondadori e “De ratos e
homens” de Steinbeck para a editorial Bompiani. A partir de 1º de maio,
concordou em colaborar, com um emprego estável e polo salário de mil liras por
mês, com Einaudi, polas séries “Foreign Narrators translated” e
“Library of historical culture”, traduzindo “Moll Flanders” de Defoe,
“O ano depois da história” e “Experiências pessoais de David Copperfield” de
Dickens, além da “Autobiografia” de Alice B. Toklas, a companheira de Stein.
Em
1943, depois de 8 de setembro, Turim foi ocupada polos alemães e a editora
Einaudi também foi encautada por um comissário da República Social Italiana.
Pavese, ao contrário de muitos dos seus amigos que estavam se preparando para a
luta clandestina, refugiou-se em Serralunga di Crea, uma pequena cidade no
Monferrato, onde sua irmã Maria transferira-se e onde fez amizade com o conde Carlo Grillo, que se
tornará no protagonista de “Il diavolo sulle
colline” (O demo nas colinas). Em dezembro, para escapar da
incursão dos fascistas italianos e alemães, pediu hospitalidade no Colégio
Convitto College de Casale Monferrato. Em 1 de março, ainda na Serralunga,
recebeu a notícia da morte trágica de Leone Ginzburg sob tortura na prisão de
Regina Coeli. Em 3 de março escreveu:… “Descobri-no em 1 de Março.
Exitem outros para nós? Oxalá não fosse verdade para não me sentir mal. Vivo
como numa névoa, sempre pensando vagamente. Acaba qualquer um se acostumando a
este estado, em que a verdadeira dor sempre se refere ao amanhã, e é por isso
que tenho esquecido e não sofro…”
Em
1950 conheceu Constance Dowling, que tinha ido a Roma com sua irmã Doris,
actriz norteamericana, que protagonizara o filme “Riso amaro” com Vittorio
Gassman e Raf Vallone, na casa duns amigos e, surpreso com a sua beleza, se
apaixonou por ela.
Sofrendo
duma profunda angústia existencial, atormentado pola recente decepção de amor
com Constance Dowling, a quem dedicou os versos “Virá a morte e terá teus
olhos” pôs fim a sua vida em 27 de agosto de 1950, num quarto do hotel Roma da
Piazza Carlo Felice, em Turim, que havia ocupado o dia anterior. Encontraram-no
deitado na cama depois de engolir mais de dez pacotes de pílulas para dormir.
Na
primeira página dos Diálogos com Leucò, que estava sobre a mesa, deixou
escrito: “Perdoem todos e peço desculpas a todos. Tudo bem. Não façam
muito barulho.”
ALGO
SOBRE A POÉTICA DE PAVESE
A coleção poética “Virá a morte e terá teus olhos”,
publicada postumamente, inclui dez poemas (oito em italiano e dous em inglês),
todos escritos entre 11 de março e 10 de abril de 1950 em Turim e todos
inéditos, encontrados fortuitamente entre os seus papeis após sua morte, em
cópia dupla, na mesma ordem em que foram publicados.
A coleção foi tirada ao lume pola editora Giulio Einaudi
em 1951 e também inclui os versos pertencentes ao grupo “A terra e a
morte”, compostos em 1945 em Roma e publicados anteriormente, em 1947, na
revista “Le Tre Venezie”.
São poemas de amor imbuídos duma comovente nostalgia
escritos em estilo incomum para Pavese, dedicados à atriz norte-americana
Constance Dowling, o seu último amor conhecido, no final de 1949, do qual fora
abandonado e o deixara num desconforto completo.
Verrà la morte e avrà i tuoi occhi-
questa morte che ci accompagna
dal mattino alla sera, insonne,
sorda, come un vecchio rimorso
o un vizio assurdo. I tuoi occhi
saranno una vana parola,
un grido taciuto, un silenzio.
Così li vedi ogni mattina
quando su te sola ti pieghi
nello specchio. O cara speranza,
quel giorno sapremo anche noi
che sei la vita e sei il nulla
Per tutti la morte ha uno sguardo. Verrà la morte e avrà i tuoi occhi. Sarà come smettere un vizio, come vedere nello specchio riemergere un viso morto, come ascoltare un labbro chiuso. Scenderemo nel gorgo muti.
O Festival Atlántica programa unha ducia de funcións na súa cuarta xornada (Velaí o enlace da programación)
· Pepepérez e a Banda
Municipal de Música de Santiago de Compostela brindarán dous pases para
escolares da ‘Bela Dormente’
· Seis centros cívicos da
cidade acollerán espectáculos de contacontos
· Un encontro de grupos
da terceira idade poderán gozar coas historias de José Luis Gutiérrez
· Aínda quedan prazas
para o paseo con contos ‘Morte en Compostela’ con Carmela Sánchez Arines
·
Maricuela
e Celso F. Sanmartín ofrecerán un programa dobre no Centro Xove da Almáciga
A cuarta xornada do Festival Atlántica vai programar unha ducia de
actividades repartidas por todo Santiago de Compostela nunha maratón que se
desenvolverá desde a mañá ata a noite. Neste día van ter un protagonismo moi
especial os centros cívicos, con nada menos que oito espectáculos, e tamén as
funcións escolares, entre as que salientan os pases musicados da ‘Bela
Dormente’ que vai ofrecer o sevillano Pepepérez co apoio da Banda Municipal
de Música da cidade na Sala Mozart do Auditorio de Galicia ás 10 e ás 12 horas.
Tamén ás 10 da mañá está previsto que Iñaki Carretero se achegue ata o
IES Rosalía de Castro para dar a charla-espectáculo ‘Cans, deporte, mocidade
e cidade’ sobre como os animais de compaña poden axudar a mocidade. Cada
vez hai máis rapaces que teñen can, pero ás veces non saben como pasar o tempo
con eles, así que Carretero vailles ofrecer un desafío: educar os cans desde o
deporte na cidade e, deste xeito, educarse eles mesmos. Todo isto desde o bo
entendemento entre as especies, compartindo o tempo de lecer sen violencia nin
“líderes de mandas”.
Á mesma hora, pero no CEE López Navalón, vai estar Cris de Caldas e ‘Os
contos do meu baúl’, un convite para entrar nun mundo máxico cheo de
historias, adiviñas e versos que emocionan, sorprenden, fan rir e deixan
pegada… con só abrir o baúl.
Barrios cheos de historias
Xa á tardiña, ás 18 horas, vai dar comezo ‘Contos no barrio’, título que
engloba as contadas que se desenvolverán asemade nos centros cívicos de
Santiago. Raquel Queizás estará no CC de Meixonfrío con ‘Romaría’, un
espectáculo de narración oral onde as lendas tradicionais achegan o mundo rural
e antigo aos rapaces, descubríndolles un modo de vida descoñecido para os máis
deles.
O vasco Iñaki Carretero recuncará nesta xornada con ‘Os cans tamén
contan’ no CC do Ensanche, unha sesión de contos con cans sobre aprender a
convivir con eles na cidade. De xeito divertido e educativo, aprenderemos os
dereitos e deberes dos cans e tamén dos donos, de como poder mantelos felices
por medio do deporte e os paseos na cidade.
Pola súa banda, Yoshi Hioki vai levar os seus ‘Contos populares do
Xapón’ ata o CC das Fontiñas. As tramas destas historias inclúen campesiños
dos arrozais e nobres da corte imperial, animais e monstros, dragóns e
bolboretas, mesturando sempre a poesía e a picaresca. O público gozará da
habilidade do artista xaponés para ‘pintar’ as historias e os costumes do seu
país con humor e sensibilidade.
O Centro Cívico de Vite tamén recibirá a súa dose de Festival Atlántica
grazas ás ‘Animaladas’ da narradora tinerfeña Laura Escuela, unha sesión
de historias tradicionais e álbums ilustrados cos animais como protagonistas
que estará acompañada por instrumentos musicais.
E mentres Laura Escuela entretén os máis cativos, José Luis Gutiérrez ‘Guti’
renderalles homenaxe aos maiores, tesoureiros da tradición oral, con ‘Historias
de don Guti’, tamén no Centro Cívico de Vite, ás 18 horas, nun encontro con
grupos da terceira idade.
No tocante a Pepepérez, o narrador sevillano vai facer triplete ao ofrecer
un pase do espectáculo ‘O coleccionista de palabras’ no Centro Cívico da
Pontepedriña, a partir das 18 horas. Unha sesión de contos para público
familiar con historias sobre a procedencia das palabras, algún clásico da
literatura universal, algún avó, ruídos corporais e algunha que outra sorpresa
máis.
Tamén cómpre mencionar que os contos volverán saír á rúa este venres, a
partir das 18 horas, coa historiadora Carmela Sánchez Arines e ‘Morte en
Compostela. Antigos recintos funerarios’. É ben sabido que a cidade naceu
arredor dunha tumba, pero neste paseo o público vai descubrir que hai moitas
máis e mais o que acontecía nelas. Esta actividade ten un custo de 6 euros e
para asistir é preciso inscribirse previamente a través do correo festivalatlantica@gmail.com.
Ás 19.15 horas, no CC de Conxo, estará Ramiro Neira co seu espectáculo ‘Cun
ollo aberto…’, unha peza de narración oral baseada na obra ‘Cun ollo aberto
e outro sen cerrar’ de Xabier P. Docampo, un libro de relatos breves marcado
pola tradición oral e os contos marabillosos.
Este intenso venres de contos espallados pola cidade vai ter o seu remate
ás 21 horas no Centro Xove da Almáciga cunha sesión para público adulto que
xuntará a Maricuela e a Celso F. Sanmartín. A turolense vai ofrecer a función ‘Vai
por elas’, historias de mulleres sen zapatos de cristal, que cambian, que
viaxan e protestan, que fan marmeladas e aman ata que a noite non dá máis de
si. Porque cada muller ten unha historia e todas merecen ser contadas.
Na súa quenda, Celso F. Sanmartín vai levar á escena ‘Contar’, un
feixe de contos, historias e memorias ligadas á tradición oral galega e tamén á
europea asentadas na cultura agrícola-gandeira e pedestre. Chegarán cun toque
contemporáneo, para probar que tamén son actuais, e mesturadas coas historias
de invención propia do artista.
Unha morea de contadores
Pepepérez
comezou a súa andaina profesional no ano 1987 e é quen de contar con calquera
en calquera sitio de España ou do estranxeiro. Alén diso, tamén imparte cursos
de narración e animación á lectura en centros de profesores, en universidades,
festivais de narración e escolas de verán. No 2012 creou o selo editorial
Pepepérez, no que publicou o seu libro de contos ‘Un corazón que no cojea’ e os
poemarios ‘La noche multiplicada’ e ‘Vuelo con raíces’ de María Ruiz Faro, ‘Las
cosas quebradas’ de Carmen Herrera Castro e ‘Que tengan ustedes un buen día’,
tamén de autoría propia. É membro fundador do Gremio da Narración Oral en
Andalucía.
A Banda Municipal de Santiago de Compostela é unha das máis
antigas de Galicia, xa que naceu en 1848. Nun principio tiña carácter
afeccionado, ata que en 1876 o Concello decidiu facerse cargo dela e comezou a
se profesionalizar. Na actualidade conta con 37 compoñentes e desenvolve unha
intensa actividade de concertos ao longo de todo o ano. O seu director é o
pontevedrés Casiano Mouriño Maquieira.
Iñaki Carretero
é contador de historias desde o ano 98 e percorre a xeografía cos seus contos,
libros e cans. Ten unha enorme experiencia en descubrir historias e capta a
atención do seu auditorio coma poucos. Curiosamente, é disléxico, cústalle ler
e ás veces mestura as palabras ao falar, pero esa visión tan particular do
mundo oral e escrito é o que lle gusta e o que lle funciona. É o que fai
escoitar a quen lle custa escoitar, e ler a quen lle custa ler.
Cris de Caldas
é unha bibliotecaria namorada dos contos. Di sobre ela: “Tanto me gustaban
os contos de pequena que me levaron a estudalos a través da filoloxía, pero
como os botaba de menos convertinme en bibliotecaria para telos máis preto. A
paixón por eles foi en aumento e houbo un día no que desexei contar os seus
segredos, compartir o seu corazón a quen quixera escoitar e así é como me
convertín en contadora de contos e historias”.
Cunha traxectoria de mais de vinte anos dedicada á narración oral
profesional e ao teatro, a galega Raquel Queizás (www.raquelqueizas.com)
mantén en cartel case unha ducia de espectáculos de contacontos, de diferentes
temas e adaptados a diversas idades, desde bebés ata adultos. De formación
filóloga, cursou estudos de Artes Escénicas en varios centros e encontros de
formación.
Yoshi Hioki
trasladouse no 1991 desde a súa Osaka natal ata Barcelona para estudar pintura.
Alí entrou en contacto coa narración oral e comezou a súa carreira profesional
como contador. Desde aquela, xa pasou por festivais de todo o mundo e segue a
desenvolver actividades que mesturan as súas dúas paixóns: a pintura e a
narración.
Laura Escuela
(Tenerife) é mestra en Educación Infantil, licenciada en Psicopedagoxía e
conta, ademais, cun Mestrado en Promoción e Animación Lectoras. Traballa desde
hai máis de dez anos arredor do mundo da literatura infantil, a música e a
discapacidade. Dedícase á narración oral desde o 2008 e cómpre salientar que
nos últimos anos ten levado a cabo proxectos pioneiros de sesións de bebecontos
en bibliotecas de Canarias.
José Luis Gutiérrez ‘Guti’ é gaiteiro, cantador, bailador e, sobre todo, contador de
historias. Todos os contos e romances que usa recolleunos directamente de
narradores tradicionais, na súa maior parte de anciáns do mundo rural cos que
compartiu moitos bos intres. Procura conservar o carácter dialectal de cada
narración e mais a atmosfera que envolvía o narrador tradicional, carente de
artificios nun mundo sen tele nin radio. ‘Guti’ traballa principalmente na
contorna rural tentando dalgunha maneira de restablecer a cadea de
comunicación-transmisión da cultura oral rota pola condena dos anciáns ao
silencio nunha sociedade dominada polo que se repite desde o televisor. Polo
seu espectáculo A pelo recibiu no 2015 o Premio de Interpretación
Masculina na XII Edición dos Premios Moretti de Teatro.
Ramiro Neira é
diplomado en Maxisterio especialista en Audición e Linguaxe. Actualmente
compaxina os seus traballos como docente, actor e director coa coordinación de
diferentes proxectos do Concello da Coruña e do Fórum Metropolitano, como o
Programa Horas Punta, a Mostra de Teatro Escolar e os Encontros de Teatro
Independente da Coruña.
Carmela Sánchez Arines é historiadora da arte e intérprete do patrimonio. Traballou
no Museo de Pontevedra, no MARCO de Vigo e en Etnoga, empresa que cofundou no
2005. Trala obtención do Diploma de Estudos Avanzados sobre arquitectura civil
do XIX e XX no Deza e Tabeirós, comezaron as súas investigacións doutorais
centradas na produción do ferro das antigas fábricas de fundición galegas e o
seu reflexo na arte. Unha arte reflectida en moitas ocasións nos cemiterios, un
patrimonio que estuda para a súa posta en valor, con exemplos como o
compostelán de Boisaca ou o de San Amaro de Pontevedra.
Maricuela (www.maricuela.com) é o nome artístico de María Molina García, unha licenciada en Belas Artes e diplomada en Xornalismo que desde o ano 1992 traballa profesionalmente no eido do clown, do teatro corporal e da narración oral. Ademais, tamén imparte obradoiros de teatro e clown e de narración, escribe en revistas especializadas sobre literatura e narración e ten publicados varios álbums infantís.Celso F. Sanmartín é un poeta e contacontos galego. É licenciado en Filosofía pola Universidade de Santiago de Compostela e tamén promotor de FoCuCu (Foro de Cultivos Culturais). Como contacontos, caracterízase polo seu labor como recolledor e reinventor de historias e contos. O seu repertorio está composto por historias e memorias ligadas á tradición oral galega e tamén á europea, que presenta nos seus espectáculos como un verdadeiro tesouro, cheo de coidado, sentido e paixón pola oralidade, a comunicación e a lingua.
Con motivo da conmemoración do Día da Poesía 2019, o Concello de Vilalba, concretamente as Concellarías de Cultura e Educación, e coa colaboración de Culturalia GZ, organiza un recital poético o vindeiro 21 de marzo na Casa da Cultura de Vilalba, a partir das 20 horas.
A comunidade educativa e a cidadanía, en xeral, están convidadas a celebrar o Día da Poesía na edición de 2019 recitando un poema de calquera autor/-a ou da súa propia autoría (de temática libre). Para iso deberán inscribirse cubrindo unhas fichas que xa foron remitidas aos centros educativos ou dispoñibles na mesma Casa da Cultura de Vilalba para quen estea interesado/-a en participar.
Ademais contarase coa actuación especial do Grupo Poético-Musical CORREDORES DE SOMBRA (formado por Pilar Maseda, Carmen Mato, Baruk Domínguez e Rosana Domínguez) que intervirá en distintos momentos ao longo do recital.
Todas persoas asistentes, tanto recitadores/-as coma público ouvinte e espectador, recibirán un agasallo elaborado para a ocasión polos usuarios do Centro Ocupacional Vilalba-Terra Chá.